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SOLANGE
SINOPSE
Solange espera-nos num cabeleireiro de bairro.
Solange não tem papas na língua nem precisa que ninguém lha solte.
Inesperadamente revela ser uma amante de poesia e uma voz politizada.
O que há de comum entre ofício de Solange e o do poeta? O fazer brilhar o aqui agora.
O trabalhar num reduto clandestino. O dar forma pública à privacidade sem a devassar.
O esperar por uma revolução que descabelará os tempos vindouros.
O escutar de mil dilemas e catarses, quase segredos e quase revelações.
O cuidar de uma fracção do corpo abrindo a comporta de muitas almas alheias.
Solange faz da poesia a sua arma de arremesso e a sua lente de ver o mundo.
Solange encontra na poesia a força de se afirmar, o direito de se contradizer.
Solange encontra nas palavras das mulheres poetisas uma razão para aprofundar o abismo de ser mulher.
Solange encontra na poesia dita a energia inaudita da palavra em busca do seu destinatário.
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Concepção HUGO CRUZ
Criação HUGO CRUZ E SUSANA MADEIRA
Interpretação SUSANA MADEIRA
Textos REGINA GUIMARÃES
Excertos de textos CECÍLIA MEIRELES, ADÉLIA PRADO
Música ELZA SOARES
Figurino LOLA SOUSA
Desenho de luz WILMA MOUTINHO
Fotografia e video PATRÍCIA POÇÃO
produção executiva CARINA MOUTINHO
Produção NÓMADA ART & PUBLIC SPACE
Classificação etária M16
NECESSIDADES TÉCNICAS
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Espectáculo disponível em versão de palco e para
espaços não convencionais (ex.: cabeleireiro)
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Riders luz e som (a enviar) adaptáveis ao
equipamento existente na estrutura de
acolhimento
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Tempo de montagem 2 turnos / tempo de
desmontagem 1 turno
Um solilóquio a resvalar para poema
Mas penteado a resvalar para extinção
Uma passagem e, passo a passo, um dilema
Mas o segredo e, pouco a pouco, a confissão
Uma presença a resvalar para o presente
Mas o silêncio a resvalar para o passado
Um monólogo sobre esta falência técnica
Um monólogo sobre esta falência sentimental
Um monólogo sobre esta falácia dos sentidos
Um monólogo sobre esta falácia das palavras
Um monólogo sobre o futuro despenteado
Um monólogo sobre o foi tudo, dois em um...
O poema de quem ouve o que não há
O poema de quem ouve com que está
O poema de quem está com quem não ouve
O poema de quem já houve e já não está
O poema cabeleira do cometa
O poema da partida após meta
Uma conversa permanente e sempre a quente
Uma conversa com madeixas verdadeiras
Uma conversa de laca e cabelos em pé
Uma conversa já cortada à escovinha
Uma conversa muito dela muito minha
Uma conversa e um calafrio na espinha
Um penteado um pente de osso, unha com carne
Mas um salão talvez passado a pente fino...
Regina Guimarães